Edmilson
reclamou que, quando o Executivo afirma que houve superávit de R$ 811
milhões e redução das despesas correntes de R$ 2,6 para R$ 2,4 bilhões,
no Estado, em 2011, é sinal que investimentos estão deixando de ser
feitos no Pará, como o compromisso anteriormente firmado, mas
descumprido, de implantação do Plano de Cargos, carreira e Remuneração
do (PCCR) dos educadores.
“É
uma política irresponsável de exploração e subserviência do Estado aos
interesses do capital internacional, que se traduz em desigualdade
social exacerbada; concentração de terras; concentração de riquezas,
através da política de privatização do patrimônio publico (especialmente
por meio do projeto de lei, de autoria do governo, que autoriza a
Parceria Público-Privada em diversos setores públicos e que deverá ser
votado em breve na Alepa); incentivos fiscais e na apatia do Estado
quanto ao papel de almoxarifado do desenvolvimento nacional que é dado
ao Pará”, destacou.
O
psolista destacou que, enquanto a mensagem do governador aponta um Pará
fantasioso, a realidade perversa é de um estado abandonado, que vive o
caos na saúde pública em todo o território, baixíssimos índices
educacionais em termos qualitativos e quantitativos, com analfabetismo
de 12%, um dos mais altos do país, e 70% de evasão escolar no ensino
médio. Edmilson também observou que, na segurança pública, o
reconhecimento do domínio do crime organizado levou a polícia a
classificar algumas áreas como zonas vermelhas.
Noutro
trecho da mensagem, em que o governo reclama a recuperação da Alça
Viária, Edmilson lembra que essa foi a segunda obra mais cara do Estado,
na ordem de R$ 400 milhões – perdendo apenas para a macrodrenagem da
Bacia do Una -, cujos recursos foram originários da venda da Celpa, com a
participação do então secretário de Estado Simão Jatene, ainda no
governo Almir Gabriel. “O governador propõe na mensagem uma grande
cruzada em torno dos interesses do Pará, mas se ele pretende privatizar
os serviços públicos, terá em mim uma grande trincheira”, ressaltou.
Reivindicação
– Durante a sessão solene, quando um deputado é escolhido para falar em
nome da oposição ao Executivo, ocasião em que foi designado o deputado
Edilson Moura (PT), Edmilson questionou que não se sentia contemplado
pela fala do PT porque esse partido não comunga dos mesmos
posicionamentos do PSOL. “Meu partido, é oposição ao governo federal e
oposição ao governo estadual, somos contra o neoliberalismo. A política
de FHC é a mesma de Dilma e reproduzida aqui no Pará pelo governador
Jatene”, comparou o psolista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário