terça-feira, 29 de maio de 2012

TSE CONFIRMA: TELMO MARINHO É O NOVO PRESIDENTE DO PHS-PA



JUSTIÇA ELEITORAL
 
CERTIDÃO
Certifico que, de acordo com os assentamentos da Justiça Eleitoral, o(a) Senhor(a) TELMO LIMA MARINHO (título eleitoral: 000197921309) é PRESIDENTE (exercício 24/05/2012 a Indeterminado) do orgão partidário, abaixo discriminado:

Partido Político:PHS - 31 PARTIDO HUMANISTA DA SOLIDARIEDADE
Orgão Partidário:Comissão Provisória
Abrangência:ESTADUAL - PA
Vigência:Início: 24/05/2012 Final: Indeterminada
Código:E6JW.PVJI.VZK/.#NZZ.
Certidão emitida às:29/05/2012 13:34:07


  • Esta certidão é expedida gratuitamente. Sua autenticidade poderá ser confirmada na página do Tribunal Superior Eleitoral na Internet, no endereço: http://www.tse.jus.br/partidos/partidos-politicos/validar-certidao.
  • As informações constantes desta certidão retratam o conteúdo dos assentamentos da Justiça Eleitoral na data e hora de sua emissão, o que não impede a ocorrência de alterações futuras nestas informações.
  • Os dados partidários de abrangência nacional são de responsabilidade do TSE e os de abrangência regional/municipal são de responsabilidade dos respectivos tribunais regionais.
  • Estão abertas as inscrições para o Seminário de Direito Eleitoral - Eleições 2012


    TRE-PA - Banner seminário de direito eleitoral 2012

    Estão abertas as inscrições para o Seminário de Direito Eleitoral 2012


    O evento acontece em Santarém, Marabá e Belém nos dias 18/05, 25/05 e 01/06, respectivamente, e tem como objetivo debater temas atuais do pleito deste ano, como a Lei da Ficha Limpa.
    Começam hoje (07/05) e seguem até a próxima segunda-feira (14/05) as inscrições para o Seminário de Direito Eleitoral que o Tribunal Regional Eleitoral do Pará e a Escola Judiciária Eleitoral, irão realizar nos municípios de Santarém, Marabá e Belém.
    O seminário, que debaterá temas atuais como a Lei da Ficha Limpa, Propaganda Eleitoral, Crimes Eleitorais, Prestação de Contas e Condutas Vedadas a Agentes Públicos, tem como objetivo abrir o debate entre os principais agentes ligados -- direta ou indiretamente -- às eleições deste ano.
    O evento é voltado para juízes, promotores eleitorais, servidores da justiça eleitoral, pré-candidatos, forças armadas, polícias federal, militar e civil, advogados, contadores e acadêmicos.
    O primeiro seminário acontece em Santarém no dia 18/05, no Auditório do Barrudada Tropical Hotel; dia 25/05, em Marabá, no auditório da Faculdade Metropolitana; e dia 01/06, em Belém, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.
    Os seminários terão a participação dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Arnaldo Versiani (Santarém), Henrique Neves (Marabá) e do ex-minstro Joelson Dias (Belém), dentre outras autoridades.
    O credenciamento e a entrega do material didático serão feitos no local do evento. Somente receberão os certificados de participação, com carga horária de 07 horas, quem obtiver 100% de presença.
    As inscrições são gratuitas e devem ser feitas exclusivamente na página do evento

    quarta-feira, 23 de maio de 2012

    III Encontro de Educação Ambiental de Ananindeua será dia 25




    Após adiamento por conta da greve de rodoviários no início do mês, na próxima sexta-feira (25), será realizado III Encontro Municipal de Educação Ambiental. O evento debaterá sobre os atores, as práticas e as alternativas para a educação ambiental em Ananindeua, e é promovido pela Prefeitura do município, por meio da Secretaria de Meio Ambiente. 

    O Encontro será ao longo do dia, em dois espaços: a partir das 8h, no auditório da Secretaria Municipal de Educação e, a partir das 14h, no Parque Ambiental Antônio Danúbio. Pela manhã, acontece a discussão do tema na mesa redonda “Educação Ambiental: Atores, práticas e alternativas”.

    O debate terá a participação de representantes da Universidade Federal do Pará, da Secretaria Municipal de Educação de Ananindeua, da Secretaria de Estado de Educação e da Ong Ambientalistas Anani. De tarde, o evento continua no Parque Ambiental Antônio Danúbio, onde será promovida mostra de painéis e um Sarau Cultural, com apresentação de danças, teatro e música.

    Serviço: A Secretaria Municipal de Educação fica na Av. Magalhães, nº 26 (atrás do Líder BR) e o Parque Ambiental Antônio Danúbio está localizado na Rodovia BR-316, km 5.

     


    quinta-feira, 17 de maio de 2012

    O OVO DA SERPENTE

    Este artigo do Mauro Santayana revela as origens do udenismo midiático que norteou a oposição ao segundo governo de Getúlio Vargas, à JK, a Jango e o apoio ao golpe militar, à ditadura e, depois, a Sarney, Collor e FHC, bem como a oposição sistemática aos governos Lula e Dilma. E depois eles ainda se acham supermoderninhos...   
    O golpe da informação
    Historiador a serviço da CIA revela como ideias e recursos dos Estados Unidos seduziram a imprensa brasileira nos anos 1950 e semearam o golpe
    Por Mauro Santayana, na Revista do Brasil
    Há 48 anos, quando o Brasil vislumbrava reformas constitucionais necessárias a seu desenvolvimento, os Estados Unidos financiaram e orientaram o golpe militar. E interromperam uma vez mais um projeto nacional proposto em 1930 por Vargas. Os acadêmicos podem construir teses sofisticadas sobre a superioridade dos países nórdicos para explicar o desenvolvimento da Europa e dos norte-americanos e as dificuldades dos demais povos em acompanhá-los, mas a razão é outra. Com superioridade bélica, desde sempre, impuseram-se como conquistadores do espaço e saqueadores dos bens alheios, os quais lhes permitiram o grande desenvolvimento científico e militar nos séculos 19 e 20 e sua supremacia sobre o resto do mundo.
    Podemos ver a origem do golpe de 1964 mais próxima uma década antes. Em 1953, diante da resistência de Getúlio, que quis limitar as remessas de lucros e criou a Petrobras e a Eletrobrás para nos dar autonomia energética, a ação “diplomática” dos Estados Unidos cercou o governo. Com o aliciamento de alguns jornalistas e dinheiro vivo distribuído aos grandes barões da imprensa da época, construiu a crise política interna. Entre a lei que criou a Petrobras e a morte de Getúlio, em 24 de agosto de 1954, o Brasil viveu período conturbado igual aos três anos entre a renúncia de Jânio e 1964.
    A propósito do projeto de Getúlio, seria importante a tradução no Brasil de um livro no qual essa operação é narrada em detalhes: The Americanization of Brazil – A Study of US Cold War Diplomacy in The Third World, 1945-1954. Um estudo sobre a diplomacia americana para o Terceiro Mundo em tempos de Guerra Fria. O autor, Gerald K. Haines, é identificado pela editora SR Books como historiador sênior a serviço da CIA, o que lhe confere toda a credibilidade.
    Haines mostra como os donos dos grandes jornais da época foram “convencidos” a combater o monopólio estatal, até mesmo com textos produzidos na própria embaixada, no Rio. E lembra a visita ao Brasil do secretário de Estado Edward Miller, com a missão de pressionar o governo a abrir a exploração do petróleo às empresas norte-americanas. O presidente da Standard Oil nos Estados Unidos, Eugene Holman, orientou Miller a nos vender a ideia de que só assim o Brasil se desenvolveria. Mas o povo foi às ruas e obrigou o Congresso a impor o monopólio.
    A domesticação dos meios de informação do Brasil começara ainda no governo Dutra. Os americanos usaram as excelentes relações entre os intelectuais e jornalistas e o embaixador Jefferson Caffery, nos meses em que o Brasil decidira por aliar-se aos Estados Unidos na luta contra o nazifascismo, em benefício de sua expansão neocolonialista.
    A criação da Petrobras levou os ianques ao paroxismo contra Vargas, e os meios de comunicação acompanhavam a histeria americana. A estatal era vista como empresa feita com o amadorismo irresponsável dos ignorantes.
    A morte de Vargas não esmoreceu os grupos que tentaram, em 11 de novembro do ano seguinte, impedir a posse de Juscelino. O golpe de Estado foi frustrado pela ação rápida do general Teixeira Lott. Em 1964, a desorganização das forças populares favoreceu a vitória dos norte-americanos, que voltaram a domesticar a imprensa e o Parlamento e manipularam os chefes militares brasileiros.
    Os êxitos do governo atual e a nova arregimentação antinacional contra a Petrobras – agora com o pré-sal – devem mobilizar os trabalhadores que não estão dispostos a viver o que já conhecemos. Sabem que a situação internacional tende para a direita, e não podemos repetir apenas que o povo esmagará os golpistas. É necessário não só exercer a vigilância, mas agir, de forma organizada e já, para promover a unidade nacional em defesa do desenvolvimento de nosso país.
    Fonte: Blog militanciaviva

    A PRIVATARIA BARÉ: PREFEITO NEOLIBERAL DE MANAUS PRIVATIZA SERVIÇO DE ÁGUA E ESGOTO - AGORA O LUCRO DEIXA DE SER SOCIAL E PASSA A SER FINANCEIRO

    Amazonino assinou contrato com a empresa Águas do Brasil, a qual e a nova concessionária responsável pelo abastecimento de água de Manaus

    Águas do Brasil irá assumir o abastecimento de águas em Manaus

    De acordo com o prefeito Amazonino Mendes, critérios como capacidade técnica e qualificação financeira foram cruciais para definir a nova empresa

    Amazonino assinou contrato com a empresa Águas do Brasil, a qual e a nova concessionária responsável pelo abastecimento de água de Manaus (Divulgação/Semcom)
     
    O grupo Águas do Brasil - um consórcio com a participação da empresa Queiroz Galvão -, irá assumir o abastecimento de água e esgoto em Manaus. O anúncio do novo grupo que irá substituir a empresa Águas do Amazonas foi feito nesta quinta-feira (17) à tarde, pelo prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, durante uma entrevista coletiva.

    Aos jornalistas, Mendes informou que uma empresa nacional foi contratada para elaborar um estudo a respeito das necessidades de Manaus, em relação aos serviços de esgoto e fornecimento de água.

    Ainda segundo ele, critérios como capacidade técnica e qualificação financeira foram cruciais para definir a nova empresa.


    O Grupo Águas do Brasil ou Saneamento Ambiental Águas do Brasil (SAAB), atua desde 1997 no abastecimento, coleta e tratamento de esgoto.

    Entre as empresas que compõem o consórcio estão a Developer, Queiroz Galvão Participações-Concessões S.A., Trana Construções Ltda e Construtora Cowan S.A.

    No Rio de Janeiro, o grupo atua nos municípios de Petrópolis, Nova Friburgo, Niterói ( entre a Baía de Guanabara e a Região Oceânica); Araruama; Saquarema; Silva Jardim; Resende e Campos dos Goytacazes.

    Em São Paulo, a empresa está presente em Araçoiaba da Serra; Jaú; Araçatuba e Ourinhos.
    Fonte; Acrítica

    quarta-feira, 16 de maio de 2012

    SOBRE AS DITADURAS - DEBATE HISTORIOGRÁFICO


    Por Francisco Carlos Teixeira*
    Resistências, resistências
    As grandes transformações havidas no cenário político internacional - o fim da Guerra Fria, a Derrubada do Muro de Berlin (1989) e o fim da URSS (1991) e, nos nossos dias, a crise global do capitalismo – permitiram a emergência, por quase toda a Europa, de novos(?) grupos (neo)fascistas. Na Noruega, Grécia, Irlanda, Alemanha até, culminando, na expressiva votação do Front Nationale, na França. Um claro caso de um partido que nega a existência do Holocausto ou defende a validade do uso extenso da tortura pelo exército francês na Guerra da Argélia.
    Tais fatos, incontestáveis em si mesmos, implicam no reconhecimento – duro, difícil e resistíamos a fazer – que a extrema direita, em especial em épocas de crise ( como no final dos anos de 1920 e agora ) possuem um amplo auditório (quase 19% do eleitorado francês ou 7% na Grécia). O pior de tudo é que não estamos nos referindo a velhinhos decrépitos lembrando seus tempos passados nas SS ou na Juventude Hitlerista. São, no momento, jovens como o terrorista norueguês ou a massa que acompanha o partido “Aurora Dourada”.
    Repensar as ditaduras

    Esta presença, com apoio popular, da extrema direita, ditatorial e violadora de todos os direitos, civis ou humanos, da sociedade moderna, nos obrigada a rever teses clássicas sobre os fascismos e as ditaduras do século XX. Em especial, nos obriga a pensar se, de fato, os fascistas de então ( na Europa ) ou os militares dos anos de 1960 ( na América Latina ) eram, de fato, uma minoria. Seria bom, apaziguador, pensar que apenas uma minoria apoiou as ditaduras. Contudo, uma análise de jornais de época – como já foi exposto aqui na Carta Maior – de documentos de empresários, sindicatos, manifestos de professores e das Igrejas mostram que uma parcela não desprezível da sociedade deu seu apoio aos regimes ditatoriais.
    Em alguns casos, e não foram poucos, membros da sociedade civil, profissionais estabelecidos, como no caso da Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, hoje UFRJ, delataram, intrigaram, mentiram para incriminar colegas, organizando e fornecendo aos órgão de repressão listas de colegas de trabalho. Este foi, também, o caso da FIOCRUZ, o chamado “Massacre de Manguinhos”.
    E então? Serão só os militares a serem chamados? Serão eles os únicos culpados? Esqueceremos os médicos-legistas, os psiquiatras, os enfermeiros que acompanhavam as torturas para que as vítimas não morressem antes da hora? E os políticos, alguns em cargos de direção da República, ontem e (pasmem!) hoje, e que sabiam das torturas e usaram seus mandatos para defender os torturadores?
    Resistências?


    Tais questões provocaram mudanças substantivas nas análises das ditaduras europeias contemporâneas. O acesso aos novos arquivos - na Rússia, na Alemanha, por exemplo - e o ressurgimento do fascismo enquanto movimento de massas, aceleraram as pesquisas sobre o tema e ampliaram as perguntas dos historiadores. Assim, a natureza policial das ditaduras contemporâneas - a própria imagem do Estado SS ou do complexo policial no fascismo - veio à tona. O surgimento na cena histórica das resistências internas e das oposições passivas abriu caminho para o questionamento de várias análises clássicas sobre a coesão e a amplitude da aceitação das ditaduras contemporâneas [1].
    O traço comum no conjunto destes trabalhos - seja no Brasil, seja na Europa - é a irrupção de novos personagens na cena histórica, para além das determinações estruturais de caráter econômico que marcaram por mais de quarenta anos a maioria dos trabalhos sobre o tema (como as teses sobre relação onipresente entre Vargas e a industrialização ou fascismo e grande capital) ou de caráter político (as teses sobre Estado Novo e o atrelamento da classe operária e atrelamento dos trabalhadores) [2]. Assim, ora a multidão anônima, ora os indivíduos e as formas alternativas de participação e resistência, são chamados para contar sua história, o dia a dia frente à violência e o poder de “sedução” – expresso em ganhos materiais, no afastamento de rivais ou no afã de prestar serviços ao poder - das ditaduras modernas. No caso dos fascismos desempenhou importante papel nesta reinterpretação os trabalhos dos historiadores voltados para a chamada “Alltagsgeschichte” e, para a história das ditaduras sul-americanas, trabalhos de historiadores como Maria Helena Capelato, Denilse Rollemberg, Samantha Quadrat e Jorge Ferreira.
    No quadro do estudo dos fascismos a irrupção de uma história cotidiana sob a ditadura – a chamada “Alltagsgeschichte” – trouxe à luz os pequenos atos, a resistência passiva, a desobediência como formas de agir político, mesmo quando não resultando numa clara opção pela rebeldia. Entretanto, os historiadores não são acordes quanto ao uso, e o conteúdo, dos conceitos em questão, em especial na definição do que seria “resistência”. Para alguns, chamados de “fundamentalistas”, só poderíamos falar em “resistência” (“Widerstand”, em alemão) quando se tratava de ações organizadas de superação do regime. Neste sentido, restritivo, “resistência” teria sido um fenômeno histórico de muito menor alcance no Terceiro Reich (e em praticamente todas as ditaduras). Outros, chamados de “tendência societal”, identificam como “resistência” todo fenômeno de dissidência ou dissentir ( no sentido de “dissent in everyday life”) praticado sob uma ditadura. Para Martin Broszat, importante historiador alemão, por exemplo, deveríamos distinguir, numa escala crescente entre “dissidência”, “oposição” e “resistência” ( “Resistenz” ) em vista de um melhor entendimento da capacidade de convencimento, ou repressão, das próprias ditaduras [3].
    No caso italiano desempenhou um papel extremamente relevante o trabalho de Vitoria di Grazia ao relacionar convencimento, resistência e as organizações de lazer do fascismo italiano[4].
    Resistência e colaboração


    Entre nós um grupo importante de pesquisadores da UFF, com Daniel Aarão Reis, Samantha Viz Quadrat, Denise Rollemberg após revisar minuciosamente as temáticas da relação ditadura versus resistência, passaram a colocar maior ênfase no fenômeno da colaboração/aceitação pela sociedade civil dos regimes ditatoriais e, dessa forma, abriram novas perspectivas para o debate das relações entre sociedade civil e estado, em especial na América latina.
    No caso brasileiro, o debate sobre a autonomia da “comunidade de informações”, as disputas no interior da burocracia de Estado – a percepção, por funcionários públicos e arrivistas de todos os tipos, de que as ditaduras representavam a “hora do acerto de contas” para velhas disputas de poder local ou institucional (que antecediam a própria ditadura ) ou mesmo um atalho para a promoção e o sucesso na carreira – como foi o caso na UFRJ -, eliminando rivais mais habilitados –, o recurso a delação como forma de resolver litígios não-políticos ou ideológicos, e mesmo uma forma de premiação, seria um dado importante para estudar a colaboração nos regimes ditatoriais.
    O problema aqui seria superar tradições arraigadas neste tipo de estudo: de um lado, a insistência de heroicizar o conjunto da sociedade como vítima do Estado – enquanto boa parte da sociedade, como a grande mídia, em verdade apoiaram e celebraram o golpe - e nivelar todos como “heróis da resistência”. 
    Logo após a derrubada ou colapso das ditaduras, e uma quase regra histórica, dá-se uma imensa corrida para perfilar o maior número de pessoas como “resistentes”. É comum, mesmo, que o próprio poder emergente se recuse a distinguir entre resistentes e colaboradores, na tentativa de evitar “novas divisões”, criar uma ampla frente de “unidade nacional”, recobrindo a história com uma pátina de chumbo.
    Muitos, desavergonhadamente, ainda bradam contra o “revanchismo”.
    Foi assim na Europa: a curta desnazificação alemã ou o limitado recurso a julgamentos dos “collabos” na França ou a total ausência de desfascistização na Itália, ou o “esquecimento” buscado pelas elites alemães e a resistência dos tribunais espanhóis em reconhecer os crimes do franquismo – emergindo daí a visão do conjunto da “nação, vítima e combatente” [5]. 
    Os resultados são terríveis: a re-emergência dos fascismos, as acusações contra as vítimas, a busca de encobrimentos e, no limite, a justificação da tortura e de genocídios (do tipo “era uma guerra”). Da mesma forma, é inadimissível que um conhecimento “pré-pronto” (do tipo “foram os militares” encubra a delação e a colaboração de segmentos importantes da sociedade civil). Assim, nós, vamos acusar tão somente os protagonistas? Enquanto, aqueles que lucraram, ganharam e participaram ativamente das ditaduras como delatores e “fabricantes de dossiês” ficaram, ainda uma vez no anonimato?
    NOTAS

    [1] Além do já citado texto de Ayçoberry poderíamos destacar, nesta nova perspectiva, os seguintes trabalhos: SANDVOb, Hans-Rainer. Widerstand in einem Arbeiterbezirk (Resistência em um bairro operário). Berlin, Gedenkstätte Deustscher Widerstand, 1987; BUSCHAK, Willy. Arbeit in kleinsten Zirkel ( Trabalho em Pequenos Círculos ). Hamburg, Ergebnisse Verlag, 1993; AYAb, Wolfgang. Asoziale im Nationalsozialismus ( Marginais sob o Nacional-socialismo ). Stuttgart, Klett-Cotta, 1995; REICHEL, Peter. La fascination du nazisme. Paris, Jacob Editions, 1993 e HAASE, Norbert. Das Reichskriegsgericht u. der Widerstand gegen die Nationalsozialistische Herrschaft. Berlin, G. D. W., 1993.

    [2] Na historiografia sobre o fascismo esta discussão foi travada em torno da superação das teses, na maioria marxistas, de “Primazia da Economia” na explicação do fascismo ( leia-se, as interpretações que afirmavam ser os fascismos mera ferramenta do grande capital ).
    [3] Ver DEFRASNE, Jean. Histoire de La Colaboration. Paris, P.U.F., 1982.
    [4] DE GRAZIA, Victoria de. Consenso e cultura di massa nell'Italia fascista. Roma/Bari, Laterza, 1981.
    [5] Tais visões da “nação resistentes” e “vítima” foram popularizadas no pós-Segunda Guerra Mundial por grandes produções de cinema que popularizaram o “heroísmo” coletivo e a “unidade” contra o inimigo. Esta é a versão, por exemplo, do mito gaulista em “Paris está em chamas?” (Paris brûle-a-til?), de René Clement, 1966 ou da Itália vitimada pelos nazistas e fascistas em “Roma, cidade aberta” ( Roma, città aperta), de Roberto Rosselini, 1945.

    (*) Professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

    Leia também A anistia historiográfica , de Demian Melo, para entender o debate aberto em torno da questão

    FONTE: Carta Maior 
    Postado por Eduardo Bueres.

    LANÇAMENTO DA CHAPA 3 SINTEPP DE CARA NOVA

    Manobra na Câmara tenta inviabilizar provável candidatura de Edmilson Rodrigues á prefeitura de Belém

    Na Câmara Municipal de Belém uma escusa manobra estaria em curso para tentar inviabilizar a possível candidatura do hoje deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) à Prefeitura de Belém. Fontes confiáveis dão conta de que alguns vereadores estão se articulando para rejeitar as contas dos exercícios em que Edmilson esteve prefeito da capital paraense, entre os anos de 1997 e 2004, apesar do parecer técnico favorável do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) em todos os anos da gestão de Edmilson. O psolista denunciou essa ameaça em contundente pronunciamento na tribuna da Assembléia Legislativa do Pará, nesta terça-feira, 15.

    Edmilson lembrou que a suspeita articulação contra ele, na Câmara de Belém, se deve ao fato do psolista ser o mais lembrado por amplos segmentos da população da capital como uma forte opção para a disputa à Prefeitura de Belém. Esse fato é apontado em pesquisas que o colocam como o pré-candidato com maior intenção de voto, em percentuais que variam de 38% até quase 50% na preferência do eleitorado. E o deputado também é unanimidade dentro do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que confirmará a candidatura majoritária da legenda no próximo dia 26.

    “Custo a crer que alguma força política concretize tamanha violência. A aprovação das contas pelo TCM constitui parecer prévio à Câmara Municipal, que pode rejeitá-lo, desde que de forma fundamentada e séria, por 2/3 de seus membros. Não existe registro na história de Belém de que tal rejeição tenha ocorrido, sobretudo quando o parecer técnico recomenda a aprovação”, disse Edmilson. Ele apresentou cópia da certidão do TCM a todas as bancadas da Alepa.

    “A disputa eleitoral deve ser um campo democrático para o debate de idéias, projetos, biografias e realizações. Não pode se transformar num espaço de subversão às regras a serviço de interesses inconfessáveis. Creio que a maioria dos vereadores não compactuará com essa manobra, maculando a sua trajetória como protagonista de um golpe eleitoral. Alerto a sociedade para que fiscalize os atos do Legislativo Municipal”, conclamou.


    Edmilson pede que CPMI investigue contratos da Delta no Pará

    O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) apresentou moção, na Assembléia Legislativa do Pará, para que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, que apura a teia de corrupção do bicheiro Carlos Cachoeira em várias esferas do poder público e da iniciativa privada, investigue também os contratos suspeitos da empresa do contraventor, Delta Construções S.A, com o governo do Pará. A moção foi protocolada junto à mesa diretora da Alepa, durante a sessão ordinária desta terça-feira, 15.

    A Delta é acusada de possuir extensa rede de corrupção e tráfico de influência em vários estados da Federação, com os quais assinou contratos milionários suspeitos de superfaturamento. “No Pará, a Delta registrou, nos últimos anos, um notável crescimento na participação de obras e serviços prestados a diversos níveis de governo, como a locação de veículos para a Polícia Militar do Estado, ainda durante o governo passado. À época, o contrato sofreu pesadas críticas de partidos de oposição que suspeitavam de superfaturamento. Entretanto, já na atual gestão, segundo denúncias publicadas no blogue da jornalista Ana Célia Pinheiro (A Perereca da Vizinha), foi firmado novo contrato para o mesmo objeto, porém com valores superiores aos praticados anteriormente”, destacou Edmilson.

    Segundo o blogue, o contrato assinado anteriormente, era de R$ 20 milhões para dois anos, ou seja, R$ 10 milhões por ano. Já o novo contrato da Delta com a PM tinha um valor inicial de R$ 14 milhões para apenas um ano. Mas um aditivo de preço de R$ 3,5 milhões, elevou o contrato para R$ 17,6 milhões. Quer dizer: o novo contrato poderá ficar 70% mais caro que o anterior. Outro problema é o valor do aluguel desses veículos, o que, na ponta do lápis, deve sair mais caro do que a compra. Além disso, o governo do Estado continuou a pagar o contrato anterior, ao mesmo tempo em que também pagava o novo contrato, o que aconteceu, pelo menos, até março deste ano.

    O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Militar, que abriu procedimento para investigar os muitos indícios de ilegalidades na transação. “Não podemos admitir que os cofres públicos sejam lesados, aqui no Pará ou em qualquer lugar”, criticou Edmilson. A moção será levada ao conhecimento da bancada do PSOL na Câmara Federal, ao senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), à Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará (OAB-PA), ao Ministério Público do Estado do Pará (MPE) e à Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH).

    Enize Vidigal da assessoria de imprensa

     Postado por Eduardo Bueres

    Para Flávio Dino, "Castelo ajudou Roseana a se eleger em 2010, ao abandonar Jackson Lago"

    Flávio Dino volta às ruas nas 217 cidades do estado

    Flávio Dino, pré-candidato oficial do PCdoB à prefeitura de São Luís, volta a falar sobre a possibilidade de concorrer ao posto de gestor da capital maranhense este ano. Através de seu microblog, Dino esclarece que passa por um momento pessoal difícil, mas confirma que continuará com o compromisso de participar ativamente das discussões pela sucessão eleitoral em todos os municípios maranhenses como opção ao atraso implantado pela oligarquia Sarney.

    “Apesar da imensa tragédia que vivo, tenho responsabilidade e compromisso. Por isso, participarei das eleições no Maranhão, nas 217 cidades,” informou o presidente da Embratur, Flávio Dino, na manhã de hoje, após constantes interrogações de colegas e admiradores do político por meio do microblog Twitter.
    Dino se compromete a atuar em todos os municípios do estado, buscando a vitória de candidatos que apresentem propostas para o avanço do Maranhão. Sobre as eleições de São Luís, Dino reafirma a busca pela melhor via para disputar as eleições contra João Castelo (PSDB) e não descarta sua própria candidatura.

    Desfazendo desentendimentos sobre a possibilidade de candidatar-se à prefeitura de São Luís, Flávio Dino informou que ainda poderá deixar o comando da Embratur se quiser disputar as eleições de 2012: “De todo modo, meu prazo de desincompatibilização finda só no começo de junho e ate lá acompanharei o processo em curso com os nossos aliados.”

    Para Flávio, é preciso estar atento para as tentativas de “intrigar” os aliados do campo de oposição, pois o grupo está cada vez mais unido e com maior viabilidade eleitoral, conforme mostram as últimas pesquisas realizadas. De acordo com as consultas, todos os candidatos de oposição a João Castelo venceriam o atual prefeito.

    “Sobre a eleição em São Luís, há um processo em curso, que resultará no candidato que terá o meu apoio firme e decidido. Apoiaremos um candidato e um programa de mudanças, democrático e popular. Temos coerência e, como sempre, enfrentaremos as oligarquias. (...) Castelo ajudou Roseana a se eleger em 2010, ao abandonar Jackson Lago. Assim, como dizer-se anti-sarney?,” finalizou Dino.

    Fonte: Vermelho


    quinta-feira, 10 de maio de 2012

    Plenária reúne mais de 600 pessoas no salão da Igreja da Pompeia

    Todos unidos por uma nova Porto Alegre. Essa foi a mensagem dada pela militância do PCdoB , PSD e PSC que lotou o salão da igreja Pompéia em encontro ocorrido na tarde de sábado (5). Primeira plenária com todos os partidos que já manifestaram apoio à candidatura da deputada Manuela à prefeitura de Porto Alegre, ela serviu para preparar os partidos para as convenções de junho.

     plenaria porto alegre

    Estavam presentes a deputada Manuela, o vice-governador Beto Grill (PSB), o secretário estadual de Infraestrutura e Logistica, Beto Albuquerque (PSB); os deputados Luiz Noé (PSB), Luis Stedile (PSB), Miki Breier (PSB) e Raul Carrion (PCdoB), os vereadores Nelcir Tessaro (PSD) e Airto Ferronato (PSB), o pastor Getulio Vargas (PSC), entre outras lideranças dos partidos.


    Todos destacaram em seus discursos a importância da união em torno de um projeto para uma Porto Alegre melhor e mais avançada. Manuela afirmou que um projeto inovador pode mudar Porto Alegre, torná-la uma cidade com condições dignas e protagonista de sua história. “O meu adversário nessa eleição são problemas que Porto Alegre tem há muito tempo. Por isso nós vamos apresentar um projeto de superação, para a cidade dar um salto. Se os problemas são os mesmos há muito tempo, é lógico que precisamos de soluções novas para resolvê-los. Esse é o nosso projeto para a cidade”, destacou Manuela.

    O secretário Beto Albuquerque ressaltou que Porto Alegre precisa encontrar nas contradições das ideias um rumo para avançar. “Não queremos uma campanha sectária e exclusivista, queremos governar para todos. Cansamos da repetição que não dá certo. Queremos idéias novas para uma cidade nova”. Como destaco logo após Manuela, "a nova política é aquela que não loteia, que não usa dinheiro público; o centro do nosso projeto é construir condições para que as pessoas possam ser mais felizes. Em Porto Alegre precisamos cuidar das suas pessoas. Essa é a nova política, que luta por direitos reais para pessoas reais “.

    Também participaram da plenária os presidentes do PSB estadual e municipal, Caleb de Oliveira e Antônio Elisandro; a presidente municipal do PSD Muilher, Ana Costelon; a presidente do PSC, Maria de Lurdes; os pastores Gabriel,Manoel e Edmilson; o presidente municipal do PCdoB, Adalberto Frasson; a ex-deputada Jussara Cony, a vice-presidente da Uampa, Bruna Rodrigues, o presidente estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Guiomar Vidor, entre outras lideranças. 

    De Porto Alegre,
    Barbara Paiva

    Pesquisa aponta cenário político eleitoral de Goiânia


    Com a saída de Demóstenes Torres (ex-Dem) do cenario de disputa, quem lidera a primeira pesquisa  Serpes/O popular sobre as eleições em Goiânia é o prefeito Paulo Garcia com 23,5% das inteções de voto. Em segundo lugar ns pesquisa estimulada esta a deputada estadual Isaura Lemos (PCdoB), com 8,1%.
    Em terceiro está o deputado federal Sandes Júnior (PP), com 6,5%. O vereador Elias Vaz (PSol) é o quarto colocado com 4,5%. O deputado Leonardo Vilela (PSDB) - candidato do Governador Marconi Perillo - tem 4% das intenções de voto. O deputado federal Jovair Arantes (PTB) tem 3,3% das preferências dos eleitores goianienses e Francisco Júnior (PSD) 2%.
    As denúncias relacionadas à Operação Monte Carlo provocaram forte impacto no cenário eleitoral deste ano em Goiânia, revelou a pesquisa. 63,5% dos eleitores admitem interferência da Operação Monte Carlo em sua decisão de voto. Os índices de rejeição aos pré-candidatos subiram consideravelmente, atingindo 25,2% do eleitorado goianiense. O porcentual de eleitores indecisos também é alto: 22,2%. Na pesquisa anterior, o número de entrevistados que não sabia em quem votar era de 16,4%.
    Rejeição
    Um governador nunca foi tão rejeitado no histórico político da capital. A pesquisa Serpes revelou que 48,9% da população goianiense avalia a administração de Marconi Perillo (PSDB) como ruim ou péssima.
    Citado em gravações telefônicas da Operação Monte Carlo, Sandes Júnior tem o maior índice de rejeição entre os pré-candidatos a prefeito de Goiânia, de 40,6%. O porcentual é mais que o dobro do registrado pelo pepista no levantamento de outubro, que apontava rejeição de 16,2%.
    Também citado em gravações, Elias Vaz é o segundo mais rejeitado, com 28,9%. Na pesquisa anterior, ele não aparecia porque ainda não era pré-candidato. O terceiro colocado em rejeição é Jovair Arantes, que também aparece em gravação com Cachoeira. Ele apresenta 24,5% de rejeição, também mais que o dobro do porcentual apresentado na pesquisa anterior (11,6%).
    A pesquisa, registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo nº GO-00026/2.012 em 24 de abril, foi realizada entre os dias 1º e 4 de maio com 603 eleitores tem nível de confiança de 95% e máxima margem de erro de 4 pontos porcentuais para mais ou para menos.
    Redação local, Eliz Brandão para o Vermelho


    Inácio Arruda lidera pesquisa Ibope para Prefeitura de Fortaleza


    O senador Inácio Arruda (PCdoB) lidera, com 26%, a preferência dos eleitores na disputa para a Prefeitura de Fortaleza, segunda a pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (9). O ex-deputado federal do DEM Moroni Torgan tem 23% das menções, o deputado estadual Heitor Férrer (PDT) tem 19% e Marcos Cals (PSDB) 15% das intenções de voto. Num universo de 504 eleitores pesquisados, a margem é de 4%, o que indicaria uma disputa acirrada entre os líderes da pesquisa.

    Pesquisa do Ibope Inteligência realizada entre os dias 28 e 30 de abril indica a possibilidade de uma disputa bastante acirrada para a Prefeitura de Fortaleza. Os pré-candidatos com maior expressão neste momento, de acordo com a pesquisa, são Inácio Arruda e Moroni Torgan, seguidos de perto por Heitor Férrer e Marcos Cals.

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    Neste momento, em que não há nenhuma definição oficial dos candidatos que concorrerão às próximas eleições, foram testados quatro cenários de intenção de voto, considerando possíveis nomes para esta disputa. Na primeira simulação, em que foram apresentados os nomes de sete possíveis pré-candidatos, aparecem tecnicamente empatados o senador Inácio Arruda (PCdoB) com 26% das intenções de voto, Moroni Torgan (DEM) com 23% das menções e, no limite da margem de erro, Heitor Férrer (PDT) e Marcos Cals (PSDB), respectivamente com 19% e 15% das intenções de voto. Renato Roseno (PSOL) tem 7% das menções, enquanto Elmano Freitas (PT), preferido da atual prefeita Luizianne Lins, e Roberto Cláudio (PSB) são citados por 1% dos eleitores de Fortaleza. Brancos e nulos somam 5% dos entrevistados e 3% se declaram indecisos.

    Simulação de outros cenários

    Em um segundo cenário testado, o pré-candidato do PSB, Roberto Cláudio, foi substituído por Ferruccio Feitosa, do mesmo partido. Nesta simulação, o senador Inácio Arruda e o candidato do DEM, Moroni Torgan, aparecem tecnicamente empatados com 25% e 23% das intenções de voto, respectivamente. Em um segundo patamar estão Heitor Férrer, com 18%, e Marcos Cals, com 14% das menções. Renato Roseno é citado por 8% dos entrevistados, enquanto Elmano Freitas e Ferruccio Feitosa obtêm 2% das menções. Os eleitores que afirmam a intenção de votar em branco ou de anular o seu voto representam 5% do eleitorado e 2% ainda se declaram indecisos com relação ao seu voto.

    Num terceiro cenário testado, o pré-candidato Elmano Freitas é substituído pelo deputado estadual Artur Bruno (PT). O candidato do PCdoB aparece empatado tecnicamente com o candidato do DEM, mas amplia para 5% sua diferença, com 27% e 22% das intenções de voto, respectivamente. Heitor Férrer e Marcos Cals obtêm índices próximos de intenção de voto, com 16% e 14%, respectivamente. Renato Roseno é citado por 7% dos eleitores, Artur Bruno por 5% e Ferruccio Feitosa tem 2% das intenções de voto. O número de eleitores que declaram a intenção de votar em branco ou de anular o seu voto representam 5% do eleitorado, enquanto 2% ainda se declaram indecisos.

    No quarto e último cenário testado nesta pesquisa, o pré-candidato Ferruccio Feitosa foi substituído por Roberto Cláudio. Neste cenário, Inácio e Moroni mais uma vez aparecem empatados tecnicamente, com 27% e 23% das intenções de voto dos eleitores de Fortaleza. Em seguida, Heitor Férrer e Marcos Cals obtêm 16% e 13% das menções, respectivamente. Renato Roseno é citado por 7% dos eleitores, Artur Bruno por 6% e Roberto Cláudio tem 1% das intenções de voto. Brancos e nulos somam 5% dos entrevistados, enquanto 2% declaram-se indecisos.

    Espontânea

    O Ibope Inteligência também perguntou em quem os entrevistados votariam para prefeito espontaneamente, ou seja, sem a apresentação de nomes de candidatos. Nesta situação, 60% dos entrevistados declaram não saber em quem votariam ou não opinam sobre sua preferência. Moroni aparece com 6% das citações, seguido por Heitor Férrer e Marcos Cals, com 5% das menções cada um, e por Inácio Arruda, com 4%. A atual prefeita Luizianne Lins é citada por 3% dos entrevistados, assim como o candidato do PSOL, Renato Roseno. Os demais candidatos obtêm 1% ou menos das intenções de voto.

    Influência de apoios

    Os entrevistados foram questionados sobre a influência de apoio de algumas lideranças políticas na decisão do seu voto. Para 76% dos eleitores, o apoio do ex-presidente Lula aumentaria muito ou um pouco a vontade de votar em um candidato à prefeitura de Fortaleza. No caso da presidente Dilma, 69% declaram que seu apoio influenciaria muito ou um pouco na decisão de voto, enquanto 41% fazem esta afirmação em relação ao governador Cid Gomes e 44% quanto ao apoio do ex-deputado Ciro Gomes. O ex-senador Tasso Jereissati e o ex-governador Lucio Alcântara influenciariam positivamente a decisão de voto de 33% dos eleitores, enquanto a atual prefeita influencia positivamente a decisão de 18% dos eleitores.

    Avaliação da administração municipal

    A administração da prefeita Luizianne Lins é avaliada positivamente por cerca de 1/5 dos eleitores fortalezenses (20%, soma dos índices ótima ou boa), enquanto 32% classificam-na como regular e 48% como ruim ou péssima.

    Já na pergunta de aprovação da administração, 2/3 dos eleitores (66%) desaprovam a forma como Luizianne vem administrando Fortaleza e 30% aprovam a sua gestão. Não confiam em Luizianne 66% dos entrevistados e 29% declaram confiar na prefeita.

    Avaliação das administrações estadual e federal

    A administração do governador Cid Gomes é avaliada de maneira positiva (ótima/ boa) por 44% dos eleitores, como regular por 42%, e de forma negativa por 12% (índice dos que avaliam como ruim ou péssima). Quando perguntados se aprovam o governo de Cid Gomes, 60% dos eleitores afirmam que apoiam o seu governo, contra 32% que afirmam não aprovar a administração. Os eleitores que confiam no Governador representam 56% do eleitorado e 36% não confiam.

    A administração da presidente Dilma Rousseff é avaliada como ótima ou boa por 7 em cada 10 entrevistados (73%), como regular por 21% e como ruim ou péssima por apenas 5% dos eleitores de Fortaleza. Entre os entrevistados, 88% aprovam a forma como a presidente administra o país, enquanto 10% desaprovam. Em relação à confiança, 85% dos fortalezenses confiam na presidente, enquanto 13% afirmam que não confiam.

    FICHA TÉCNICA DA PESQUISA (JOB Nº 0946 | 2012)

    Período de campo: a pesquisa foi realizada entre os dias 28 e 30 de abril de 2012.

    Tamanho da amostra: foram entrevistados 504 eleitores.

    Margem de erro: é de quatro pontos percentuais, considerando um grau de confiança de 95%.

    Solicitante: pesquisa contratada pelo Diretório Estadual do Partido Socialista Brasileiro – PSB – CE

    Registro eleitoral: registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, sob protocolo nº CE-00001/2012.

    Fonte: Ibope

    A ELIMINAÇÃO DO RACISMO COMO EFETIVA PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL.



    O dia 21 de março é considerado O DIA INTERNACIONAL DE LUTA PELA
    ELIMINAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL. Instituído pela Organização das
    Nações Unidas (ONU), em referencia ao massacre de Shaferville, ocorrido no ano de
    1960, na África do Sul, resultando na morte de 69 sul-africanos, deixando ainda 186
    feridos, quando existia naquele Pais, o regime do Apartheid (segregação racial), que
    vigorou até 1994, quando NELSON MANDELA foi eleito o primeiro presidente negro
    do Pais Sul africano
    Naquela data da década de 1960, 20.000 negro(a)s realizavam, na capital Joanesburg,
    um protesto contra a lei do passe, que os obrigava a ter um cartão de identificação,
    no qual dizia quais os lugares que poderiam circular, com o qual não concordavam.
    Embora pacifica, a manifestação foi duramente reprimida pelo exercito da época,
    comandado pelos racistas brancos.

    O QUE É PRECONCEITO RACIAL ?

    Já foi comprovado cientificamente, que do ponto de vista biológico, não existe entre os
    humanos nenhuma diferença capaz de distinguir uma comunidade humana de outra, seja
    da cor da pele, preta, branca, ou amarela, porém o conceito que se emprega de raça, tem
    a conotação social, para demonstrar a desvantagem, a desigualdade existente entre uma
    e outra, notadamente em relação a negros e negras.
    A Convenção Internacional para a Eliminação de todas as Normas de Discriminação
    Racial da ONU, ratificada pelo Brasil, diz que:

    "Discriminação Racial significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência
    baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o
    efeito de impedir ou dificultar o reconhecimento e/ou exercício, em bases de igualdade,
    aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social,
    cultural ou qualquer outra área da vida pública" Art. 1.

    COMO ESTADO BRASILEIRO TEM TRATADO O ASUNTO.

    Após o fim da escravidão, o Estado brasileiro não implantou nenhum programa,
    nenhuma política que viesse permitir a reinserção da população negra na sociedade
    brasileira, ficando por sua própria conta a busca para o sustento da família, educação
    dos filhos ou a readaptação no trabalho na agricultura ou em qualquer trabalho, sem
    a devida qualificação, nas áreas urbanas da época. Ao contrario para justificar sua
    omissão, quanto ao destino desta população, “libertada” do trabalho escravo, incentivou
    um ciclo de imigração, facilitando o ingresso no Pais de alemães, italianos, poloneses
    e pessoas das mais variadas nacionalidades, que vieram ocupar os postos de trabalho
    existente na época.
    Esta política de imigração tinha também a finalidade de diminuir a quantidade de negros
    e negras na sociedade brasileira, para que paulatinamente a população tivesse a cor
    da pele branca ou parda, era a política de branqueamento do povo brasileiro, a qual
    alguns defensores previam que em 100 anos esta população seria totalmente branca, o

    que comprovadamente não aconteceu, muito pelo contrário, o Brasil é hoje a segunda
    população negra, comparando com os Países africanos, só é inferior a Nigéria, ainda
    assim negros e negras vivem em extrema desvantagem, em um Pais que é a 6ª economia
    do mundo.

    No período pós-abolição, propicio para implementação de políticas reparadoras ou de
    ações afirmativas, o Estado brasileiro e o governo da época, deixou de fazê-las, omitiu-
    se deixando à própria sorte, aquela população saída da escravidão, só vindo a firmar
    esse compromisso, em período mais recente, conforme veremos mais adiante.

    AS LUTAS DA POPULAÇÃO NEGRA PELA IGUALDADE E CONQUISTA DA
    CIDADANIA

    A população negra não se conforma à condição de vida a que foi submetida, após o fim
    do escravismo.

    Em 16 de setembro de 1931, é fundada a Frente Negra Brasileira, em São Paulo, sendo
    seu primeiro presidente, Arlindo Veiga dos Santos.

    No ano seguinte, 1932, participa da revolução constitucionalista e em 1937, quando
    pretendia transformar-se em um partido político, foi extinta por Vargas;

    Na década de 1970, o movimento social negro reorganiza-se, inicia uma trajetória
    em busca de direitos civis, políticos e econômicos, em benefício desta população,
    impulsionado pela luta e os embates pelos direitos civis e políticos desenvolvido nos
    Estados Unidos, que culminou com o assassinato do líder negro Martin Lutherking;

    Em 1978, foi fundado o Movimento Negro Unificado (MNU) em São Paulo, seguindo-
    se em todo o Brasil a criação de varias organizações do movimento negro, em vários
    Estados do Brasil, incluindo o Pará com a fundação do CEDENPA em 1980, ambas
    organizações permanecem firme até hoje.

    As conquistas do Movimento Negro

    Com a mobilização e luta das varias organizações do Movimento Social Negro e não
    negro, foi assegurado importantes direitos à essa população, na nossa Constituição
    Federal de 1988. Um dos mais importantes, diz respeito às terras das Comunidades
    Quilombolas, constante dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT),
    que em seu art. 68, diz: “Aos remanescentes das Comunidades dos Quilombos que
    estejam ocupando suas terras é reconhecida à propriedade definitiva, devendo o
    Estado emitir-lhes os títulos respectivos”.
    A Constituição do Estado do Pará, repetiu esse mesmo dispositivo, em
    seu art. 322 e com a criação do Programa RAÍZES, hoje incluído na Coordenação
    Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CEPPIR), da SEJUDH, pôde
    ser mapeadas ou reconhecidas, até então, mais de 400 comunidades Quilombolas
    e expedidos mais de 50 títulos coletivos a essas Comunidades, além de dezenas de
    processos em fase de titulação, no INCRA e no ITERPA; Em todo o Brasil, já foram
    mapeadas 3.524 dessas comunidades, mas pode chegar a 5 mil;
    Em 1996, foi criado a Comissão Nacional de Articulação das Comunidades Negras
    Rurais, com finalidade de integrar as entidades Quilombolas no Pais e levar as
    reivindicações dessa população, para o cenário nacional, e tem conseguido;

    Em 09 de janeiro de 2003, foi sancionada a Lei 10,639, modificando a Lei 9.394, de
    20 de dezembro de 1996 (LDB), para fazer incluir no currículo das escolas de ensino

    médio e fundamental (pública e privada), a obrigatoriedade do ensino da “História e
    Cultura Afro –brasileira” ;

    Em 23 de maio de 2003 com a Lei nº. 10678, é criada a Secretaria Especial de
    Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), da Presidência da República e em 20 de
    novembro do mesmo ano, através do Decreto 4.885, é instituído o Conselho Nacional
    de Promoção da Igualdade Racial, nesta mesma data, isto é 20.11. 2003, foi instituído
    a Política de Promoção de Igualdade Racial – Decreto 4.886. Já o Decreto 4.887, de
    20.11.2003, trata da identificação, reconhecimento, demarcação e titulação das terras da
    população quilombola.

    Verifica-se que esse conjunto de normas jurídicas, assinadas pelo presidente da
    República, ocorreu em uma data de fundamental importância para o movimento Negro,
    e bem assim para a Democracia Brasileira, que é o 20 de novembro data que marca o
    desaparecimento de Zumbi dos Palmares.

    Zumbi tombou diante das forças coloniais da época, resistindo a imposição do regime
    escravista e lutando em favor da liberdade de seu povo.

    Conclusão

    Existe uma serie de Políticas Públicas, nacional e até estadual, de Promoção da
    Igualdade Racial e que ajudam na eliminação do racismo, assim como uma série de
    ferramentas, de mecanismos para sua implementação, porém desconhecido de boa
    parte dos municípios ou de órgãos dos estados, que juntamente com a chamada “falta
    de vontade política” impedem a implementação das referidas políticas, atrasando ainda
    mais a igualdade etno-racial, que tanto esforço tem sido empreendido pelo movimento
    negro, inclusive quanto ao sistema de cotas no ensino superior e em cargos públicos.

    “No tempo do Brasil Palmares,

    fugir era conquistar a

    liberdade Hoje, para buscar

    a liberdade temos que

    permanecer exatamente onde

    estamos : resistindo, lutando

    organizando o quilombo”

    - ALZIRA RUFINO, in revista CONSCIÊNCIA NEGRA, 2006- pág. 33.

    *Jorge Lopes de Farias
    Responsável pela Política de Igualdade Racial do Comitê Estadual do PCdoB e
    membro da diretoria da UNEGRO.